Bombas do céu, minas no chão
Arrancando vidas a troco de nada
E sob o véu da explosão
Pessoas celeradas arrancam suas cascas,
Agindo como bestas duelam pela carne largada no solo estéril
Do pó se vem, ao pó se vai,
No pó agonizam
A disforia é geral
A turba se encontra em frente à desgraça
Degradação, Desilusão,
Crueldade real jogada em suas caras
A luta vil pelo poder de qualquer coisa transforma humanos em vermes
A avidez, a estupidez
Os tornam abutres
Enquanto seus corpos desfalecem
Sentem o cheiro ocre da morte no ar
Que perfuma o caminho para o abismo
Onde suas lamurias irão silenciar
Rastejando em meio as trevas
De um mundo que drenaram em busca de poder
Se lamentam e regressam ao passado
Buscando acalanto antes de morrer
No cadafalso da razão
A corda aperta de forma funesta
Olham para trás, nada verão
Diante do irremediável o que resta?
O sublime último ato que encerra o espetáculo dos parasitas na Terra
Só restará poeira e frio
E corpos descarnados
Enquanto seus corpos desfalecem
Sentem o cheiro ocre da morte no ar
Que perfuma o caminho para o abismo
Onde suas lamurias irão silenciar
Rastejando em meio as trevas
De um mundo que drenaram em busca de poder
Se lamentam e regressam ao passado
Buscando acalanto antes de morrer